Gratidão
Hoje
levantei-me sentindo uma enorme gratidão.
Setembro
é época de colheitas e hoje colho as ultimas framboesas da época.
É
gratificante, talvez seja por isso?
Não
sei como cheguei a este desenho. Afiei o lápis e o lápis foi me
desafiando. Deixei que fosse ele a decidir a direção do risco.
Foi assim que ele me fez chegar até à Lúcia.
Há
muito que a Lúcia e o Pedro me esperavam.
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Quando
temos um bom amigo na vida, ficamos sempre a ganhar. O Pedro é o
melhor amigo da Lúcia, e o meu lápis é o meu melhor amigo. Sempre
fiel, sempre disponível, sempre disposto a ajudar-me. Juntos
cultivamos uma amizade que dá sempre fruto, e um solo fértil, dá
muitos frutos suculentos. É esta a magnificência da amizade, e a
colheita é continuamente rica e sumarenta.
Hoje
levantei-me grata pelo desafio do meu lápis. A Lúcia e o Pedro
colhem as ultimas framboesas da época, uma a uma, como se fossem
jóias, pérolas preciosas.
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O
Outono pode agora bater-me à porta que eu não me importo. Depois
de uma primavera laboriosa lançando sementes à terra, e um verão
generoso em luz solar, as framboesas vão ficar uma delícia como
doce, barrado em fatias de pão torrado.
O
Outono, o meu lápis e eu, o Pedro e a Lúcia, vamos todos ficar
assim, nestas próximas semanas, observando folhas de árvores
dançando valsas ao som do vento, saboreando alegremente doce de
framboesa e bebericando chá de doce lima...
...enquanto
o Inverno não vai chegando...
Gratidão
é a minha palavra de hoje!
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