O
desafio
A
vida é um desafio,
e
o meu baú desafiou-me mais uma vez a afiar o meu lápis,
a
diluir as minhas aguarelas,
a
pintar o mundo de todas as cores do mundo,
em
3+1,
Fiquei
na dúvida, reticente…
A
vida é uma atrevida,
por
um fio quase que recusei,
tive
medo de quebrar o bico do lápis,
medo
que a aguarela ficasse demasiado dissolvida…
Passou
por mim um bailado de pirilampos,
pirilampejavam
magia no ar...
Desconfiei,
Afiei
o meu lápis,
Quem
não arrisca não petisca,
e
eu quero muito petiscar,
mordisquei
uma patanisca…
Comecei
a rabiscar, rabisco aqui, rabisco ali,
e
o bico do lápis não quebrou,
Confiei,
afiei
o meu lápis outra vez e continuei…
Depois
fluiu a aguarela,
e
com ela o sangue que me corre nas veias,
emitindo
em mim luz para me iluminar as ideias,
fluiu
o preto, côr da escuridão, o azul, côr da solidão,
o
vermelho, cor da paixão…
Lá
fora chuvisca, e quem não arrisca não petisca,
e
mordisquei mais uma patanisca...
Eu
sou assim, toda eu sou um bailado de cores,
em
3+1,
Lá
fora chuvisca,
mordisquei
a última patanisca,
Chuviscam
pingas amarelas na minha folha de 300 miligramas,
parece
que consegui,
diluí
bem as aguarelas!...
Dedico
estas palavras às pessoas maravilhosas que conheci este ano, elas
sabem quem são!