21/09/2018


Gratidão

Hoje levantei-me sentindo uma enorme gratidão.
Setembro é época de colheitas e hoje colho as ultimas framboesas da época.
É gratificante, talvez seja por isso?

Não sei como cheguei a este desenho. Afiei o lápis e o lápis foi me desafiando. Deixei que fosse ele a decidir a direção do risco. Foi assim que ele me fez chegar até à Lúcia.
Há muito que a Lúcia e o Pedro me esperavam.

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Quando temos um bom amigo na vida, ficamos sempre a ganhar. O Pedro é o melhor amigo da Lúcia, e o meu lápis é o meu melhor amigo. Sempre fiel, sempre disponível, sempre disposto a ajudar-me. Juntos cultivamos uma amizade que dá sempre fruto, e um solo fértil, dá muitos frutos suculentos. É esta a magnificência da amizade, e a colheita é continuamente rica e sumarenta.

Hoje levantei-me grata pelo desafio do meu lápis. A Lúcia e o Pedro colhem as ultimas framboesas da época, uma a uma, como se fossem jóias, pérolas preciosas.

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O Outono pode agora bater-me à porta que eu não me importo. Depois de uma primavera laboriosa lançando sementes à terra, e um verão generoso em luz solar, as framboesas vão ficar uma delícia como doce, barrado em fatias de pão torrado.

O Outono, o meu lápis e eu, o Pedro e a Lúcia, vamos todos ficar assim, nestas próximas semanas, observando folhas de árvores dançando valsas ao som do vento, saboreando alegremente doce de framboesa e bebericando chá de doce lima...

...enquanto o Inverno não vai chegando...

Gratidão é a minha palavra de hoje!

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